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terça-feira, 28 de julho de 2015

Nova técnica ajuda a estudar reações de metaloproteínas

Em um artigo publicado  recentemente na revista Nature Communications, pesquisadores sediados no Brasil e no Canadá descreveram uma nova metodologia para estudar a mecânica das reações químicas catalisadas por metaloproteínas – um tipo de enzima que contém íons metálicos ligados na cadeia polipeptídica.





O trabalho é apoiado pela FAPESP, por meio do projeto “Desenvolvimento e aplicação de simulação computacional e análise espectroscópica para o estudo de metaloenzimas e de proteínas flexíveis”, coordenado pelo professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) Guilherme Menegon Arantes, coautor do artigo.
“As metaloproteínas – particularmente aquelas que contêm átomos de ferro e de enxofre – estão envolvidas em diversos processos biológicos importantes para a vida, como fotossíntese e respiração celular. Se conseguirmos entender como ocorrem a formação e a quebra de ligações químicas nessas enzimas, compreenderemos melhor os processos biológicos nos quais elas estão envolvidas”, disse Arantes em entrevista à Agência FAPESP.




Paralelamente, no Brasil, o grupo coordenado por Arantes realiza a simulação computacional da reação química. “Embora o experimento consiga medir com bastante precisão a força e o deslocamento necessário para o desenovelamento, não oferece uma visão microscópica do processo. Na simulação, fazemos uma espécie de filme bem detalhado mostrando a estrutura da proteína e como ocorre a quebra ou formação de ligações químicas. Então podemos comparar e validar a simulação com os dados reais obtidos no experimento”, disse Arantes.






Para fazer a simulação, o grupo da USP usa uma técnica conhecida como potenciais híbridos, que rendeu o Prêmio Nobel de Química de 2013 ao austríaco Martin Karplus (Universidade Harvard), ao sul-africano Michael Levitt (Universidade Stanford) e ao israelense Arieh Warshel (Universidade do Sul da Califórnia).
“Essa é uma técnica com a qual venho trabalhando desde o doutorado, com apoio da FAPESP, que consiste em aliar a mecânica quântica à mecânica molecular para descrever quebra ou formação de ligações químicas em proteínas ou em outros sistemas moleculares complexos”, disse Arantes.








Em um trabalho anterior, publicado  na revista Angewandte Chemie, o grupo simulou como ocorre a quebra da ligação ferro-enxofre na rubredoxina durante o desenovelamento sem a presença de qualquer outro reagente químico.
No artigo mais recente, foi acrescentado um agente nucleofílico – que se liga ao átomo de ferro – e um agente eletrofílico – que se liga ao átomo de enxofre.
“O grupo experimental mediu a alteração da força necessária para romper a ligação natural do ferro com o enxofre, na presença de outros agentes competitivos. Nós fizemos a simulação para entender qual é o mecanismo da reação química e como ela é facilitada pelo desenovelamento parcial da proteína e pela presença dos agentes químicos”, contou Arantes.





Na avaliação do pesquisador, a técnica combinada pode ser uma ferramenta poderosa para estudar a reação e a estabilidade de diversas metaloproteínas.
“Ao entender melhor a reatividade desses centros metálicos, podemos tentar encontrar meios de controlar os vazamentos de elétrons, que são responsáveis por formar cerca de 90% dos radicais livres gerados no interior das células. Esses radicais livres reagem com biomoléculas e podem prejudicar o funcionamento celular”, afirmou Arantes.

FONTE FAPESP noticias

Trato gastrointestinal está relacionado com a resistência à insulina

O trato gastrointestinal está relacionado com a resistência à insulina apresentada por obesos e pacientes com diabetes tipo 2 – o tipo mais comum de diabetes.






A constatação é resultado de uma série de estudos realizados por diferentes grupos no mundo e corroborada por pesquisadores do Instituto Nacional de Obesidade e Diabetes – um dos INCTs apoiados pela FAPESP e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – e do Centro Multidisciplinar de Pesquisa em Obesidade e Doenças Associadas – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.
Alguns dos resultados dos estudos foram apresentados em um painel sobre saúde durante a FAPESP Week Buenos Aires, realizada entre os dias 7 e 10 de abril na capital argentina pela FAPESP em parceria com o Consejo Nacional de Investigaciones Científicas (Conicet).
“Estamos constatando que, além do sistema nervoso central, dos músculos, do fígado e do tecido adiposo, entre outros órgãos, o trato gastrointestinal aparentemente também está envolvido na resistência à insulina”, disse Mário Saad, professor da Faculdade de Ciências Médicas (FMC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Agora estamos começando a entender que o controle da obesidade e do diabetes tipo 2 deve começar pelo trato gastrointestinal”, afirmou o pesquisador, que coordenou o projeto do INCT.
De acordo com Saad, a resistência à insulina em nível molecular ocorre quando esse hormônio produzido pelo pâncreas – e que promove a entrada de glicose (açúcar) nas células e atua no metabolismo de lipídeos (gordura) e proteínas – não consegue transmitir adequadamente seu sinal às células e ativar um receptor que fosforila (adiciona um grupo fosfato) as proteínas IRS1 e IRS2 em tirosinas.
Ao serem fosforiladas em tirosinas, essas duas proteínas ativam uma família de enzimas envolvidas em funções celulares, chamadas PI 3. Essas enzimas ativam a proteína AKT, que está envolvida na captação de glicose pelas células, entre outras funções, explicou Saad.
“Os efeitos desencadeados pela insulina de aumentar a captação de glicose no tecido muscular, aumentar a síntese de lipídeo no tecido adiposo e bloquear glicogênese [nova formação de açúcar] no fígado dependem, basicamente, desses mecanismos de ativação do receptor de insulina nas células e da fosforilação em tirosina da IRS1 e IRS 2 e da AKT em quinase”, detalhou.
Os pesquisadores observaram, em experimentos realizados com camundongos obesos, que o tecido adiposo dos animais produz interleucinas e ácidos graxos, entre outros compostos, que ativam proteínas serinas quinases.
Ao serem ativadas, essas proteínas serinas quinases fosforilam as proteínas IRS1 e IRS2 em serinas, fazendo com que sofram mudanças conformacionais e não consigam mais interagir com o receptor de insulina para serem fosforiladas em tirosinas.
“A resistência à insulina em nível molecular nada mais é do que a fosforilação prévia das proteínas IRS1 e IRS2 em serinas”, afirmou Saad.
Papel da microbiota
A fim de avaliar quanto tempo leva para um animal desenvolver resistência à insulina, os pesquisadores do grupo de Saad realizaram um experimento em que submeteram camundongos a uma dieta hiperlipídica (com grandes quantidades de gordura).
Os resultados do estudo indicaram que após três dias os animais já desenvolviam resistência ao hormônio.
“Os animais desenvolveram resistência à insulina antes de tornarem-se obesos, o que indica que esse quadro precede a obesidade”, apontou Saad. “Os músculos dos animais captaram menos glicose após o início da dieta hiperlipídica”, afirmou.
Segundo o pesquisador, as proteínas IRS1 dos animais que receberam dieta hiperlipídica foram menos fosforiladas em tirosina e a AKT também foi menos ativa.
“Em três dias de dieta hiperlipídica o animal já passa a apresentar uma situação de resistência à insulina em que o hormônio não consegue transmitir de maneira adequada o sinal para as células”, ressaltou.
Uma das possíveis chaves identificadas pelos pesquisadores para explicar por que os camundongos que receberam dieta hiperlipídica desenvolveram resistência à intolerância antes de tornarem-se obesos é um lipídeo chamado LPS.
Encontrado na membrana de bactérias gram-negativas da microbiota intestinal dos mamíferos, esse lipídeo é capaz de ativar proteínas serinas quinases que fosforilam as proteínas IRS1 e IRS2 em serinas, induzindo a resistência à insulina, explicou Saad.
O consumo de dieta hiperlipídica durante três dias causou um aumento nos níveis de circulação e na absorção de LPS pelas bactérias gram-negativas da microbiota intestinal dos animais, revelaram experimentos realizados pelo grupo do pesquisador.
“Ao dar uma dieta hiperlipídica para os animais, nós, aparentemente, modulamos sua microbiota intestinal”, disse. “A modulação causou o aumento da absorção de LPS e, consequentemente, induziu à resistência insulínica antes de os animais desenvolverem obesidade”, contou.
A fim de confrontar os resultados, os pesquisadores realizaram outro estudo em que também alimentaram camundongos tratados com antibióticos para reduzir a microbiota e animais com flora intestinal com dieta hiperlipídica.
Os resultados do estudo, publicado na revista Diabetologia, mostraram que, após três dias de dieta hiperlipídica, os animais com flora intestinal desenvolveram resistência à insulina.
Já os camundongos tratados com antibióticos fosforilaram normalmente as proteínas IRS1 e IRS2 e ativaram a AKT, não desenvolvendo resistência insulínica.
“Os níveis de LPS nos animais tratados com antibióticos foram menores do que os dos camundongos com flora intestinal, o que demonstra que a microbiota é essencial para o desenvolvimento da resistência à insulina”, afirmou Saad.
Os pesquisadores também avaliaram os níveis de ácidos graxos de cadeia curta, como o acetato, que são produzidos pelas bactérias da microbiota intestinal, nos camundongos tratados com antibióticos e nos animais com flora intestinal que receberam dieta hiperlipídica.
As análises indicaram que os níveis desse composto – que ativa uma enzima, chamada AMPK, capaz de aumentar o transporte e a captação de glicose e aumentar a oxidação de lipídeos – foram menores nos camundongos com microbiota.
“O aumento dos níveis circulantes de LPS e, em contrapartida, a redução dos níveis de acetato contribuem para a instalação do quadro de resistência insulínica”, disse Saad.
Barreira intestinal
Segundo o pesquisador, os ácidos graxos de cadeia curta e toxinas produzidas pelas bactérias modulam proteínas do epitélio do trato gastrointestinal, alterando a permeabilidade da barreira intestinal.
A dieta hiperlipídica recebida pelos animais tratados com antibióticos reduziu a expressão de uma dessas proteínas – a ZO-1 –, que é importantes para o intestino absorver menos substâncias tóxicas indutoras de resistência insulínica.
“Estamos observando que, logo no início do desenvolvimento da obesidade e do diabetes tipo 2, há uma alteração na microbiota intestinal que é capaz de induzir a uma alteração na barreira do intestino e fazer com que a pessoa absorva mais substâncias tóxicas que vão induzir a resistência à insulina e menos substâncias que poderiam protegê-la da instalação desse quadro de saúde”, disse.
Os pesquisadores realizaram um estudo em humanos, com pacientes com Aids tratados com o coquetel de drogas para inibir o avanço do vírus HIV, para avaliar os níveis de LPS desse grupo populacional que costuma desenvolver resistência insulínica durante o tratamento da doença.
Os resultados das análises indicaram que os níveis de LPS nesses pacientes são tão elevados como os de pessoas obesas e com diabetes tipo 2.
“Os níveis elevados de LPS nesses pacientes com HIV indicam que eles têm uma alteração na microbiota e na permeabilidade da barreira do trato intestinal, que induz à resistência insulínica”, afirmou Saad. 

Finasterida: risco potencial de câncer de mama em homens

A agência regulatória de medicamentos e produtos para a saúde do Reino Unido (Medicines and Healthcares products Regulatory Agency - MHRA), publicou comunicação sobre a ocorrência de casos de câncer de mama masculino, notificados durante a realização de ensaios clínicos e em tratamentos com finasterida (1). 

No Reino Unido, assim como no Brasil (2), a finasterida é aprovada para o tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB) e para alopécia androgênica (calvície masculina). A finasterida é um inibidor  específico da 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona, tranformando-a em um andrógeno mais potente, a di-idrotestosterona (DHT) (3). 

Até novembro de 2013, de acordo com o banco de dados internacional sobre segurança de medicamentos, foram descritos 50 casos de câncer de mama masculino, no mundo, com o uso da finasterida na dose de 5mg, e 3 casos com a dose de 1mg. Uma revisão das informações disponíveis sugere que "não pode ser excluído um aumento no risco de câncer de mama, em homens, com o uso da finasterida" (1).

Um possível mecanismo para esta associação é a farmacodinâmica da finasterida. O uso da finasterida leva a uma redução dos níveis de DHT, acompanhada de um aumento nos níveis de testosterona e estradiol. O aumento dos esteróides  sexuais tem o potencial de aumentar o risco de câncer de mama (3).

Referências Bibliográficas:

11. World Health Organization. Finasteride: Potencial risk of male breast câncer. WHO   Pharmaceutical Newsletter 2011. Nº 06, p. 16.

22. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Bulário on-line.

33. Medsafe. Prescriber Update Vol. 31, nº 1, February 2012.

Nova iniciativa pretende acelerar ensaios pré-clínicos de fármacos

Acelerar o avanço da ciência básica necessária para o desenvolvimento de novos fármacos por meio de uma parceria entre academia, governos e indústria farmacêutica em um ambiente de acesso aberto ao conhecimento tem sido o objetivo principal do Structural Genomics Consortium (SGC) em seus 10 anos de existência.






O SGC propõe agora levar seu modelo de colaboração livre de patentes (open source) para a etapa seguinte do processo de descoberta de drogas: os testes pré-clínicos feitos com células e tecidos de pacientes em conjunto com laboratórios de pesquisa. A ideia foi apresentada em um comentário publicado recentemente na revista Nature Reviews Drug Discovery.
“Os dois principais objetivos da nossa iniciativa são aumentar a compreensão das bases moleculares do câncer e das doenças inflamatórias (bem como de outras doenças, na medida em que nossa rede crescer) e identificar alvos específicos que possam ser farmacologicamente modulados para melhorar o fenótipo dessas enfermidades”, afirmam os autores do artigo.
Entre os que assinam o comentário estão os brasileiros Katlin Brauer Massirer e Mário Henrique Bengtson – ambos pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrantes do centro vinculado ao SGC recentemente inaugurado com apoio da FAPESP (leia mais em: http://agencia.fapesp.br/20790).
“Essa ideia seria uma continuação do trabalho que o SGC já vem desenvolvendo. Atualmente, o consórcio tem o papel de gerar moléculas com potencial para se tornarem fármacos. O artigo busca mostrar que, mesmo que sejam encontrados compostos com ação biológica, ainda existe um longo caminho a ser percorrido até eles serem testados em pacientes e mostrarem eficácia”, afirmou Massirer.
O SGC foi oficializado em 2004 com o objetivo de promover pesquisa básica em áreas consideradas de alto risco, como epigenética, para as quais seria difícil obter financiamento pelos métodos tradicionais. O foco inicial era investigar as diferenças genéticas entre os seres humanos. Em seguida, o grupo se voltou ao estudo da estrutura tridimensional de proteínas de relevância biomédica, que poderiam servir de alvos para novos medicamentos.
Por meio da parceria com mais de 300 grupos de pesquisas em 40 países, além de dez dos maiores laboratórios farmacêuticos e entidades sem fins lucrativos de apoio à pesquisa, o consórcio ajudou a descrever a estrutura de mais de 1.500 proteínas, com implicações para o desenvolvimento de terapias contra câncer, diabetes, obesidade e transtornos psiquiátricos.
Além das sedes já existentes na University of Toronto (Canadá) e na University of Oxford (Reino Unido), o SGC passou a contar em 2015 com uma equipe de pesquisadores brasileiros, reunidos no Centro de Biologia e Química de Proteínas Quinases – apoiado pela FAPESP por meio do Programa Parceria para a Inovação Tecnológica (PITE). O Centro está sediado na Unicamp e é coordenado pelo professor Paulo Arruda.
Ganhou também duas novas linhas de pesquisa. Uma é o estudo de inibidores para quinases (uma classe de enzimas) que controlam o processo de RNA splicing – uma espécie de edição da molécula para torná-la madura e pronta para codificar uma proteína. A outra é encontrar proteínas-alvo para modular a resistência das plantas ao estresse hídrico.
Criando atalhos
De acordo com Massirer, entre a descoberta de uma molécula com potencial farmacológico no laboratório e sua transformação em um medicamento para uso humano podem se passar mais de dez anos.
A meta da nova parceria proposta pelo SGC é acelerar esse processo e aumentar as taxas de sucesso dos candidatos a fármacos nos ensaios clínicos, atualmente em torno de 4% apenas.
“Uma das causas desse alto índice de fracasso é a escolha inapropriada do alvo inicial da droga. E esse não é um problema fácil de solucionar. Precisamos ampliar o conhecimento sobre a biologia fundamental e esse é o tipo de pesquisa que mesmo uma grande farmacêutica não é capaz de fazer sozinha”, disse Bill Zuercher, representante da GlaxoSmithKline (GSK), durante a inauguração do novo centro da Unicamp, em março.
A nova iniciativa busca atrair também os grupos de pesquisa ligados à área clínica, com acesso a tecidos de portadores das doenças-alvo. “A proposta é usar essas células em laboratório, para validar os alvos e aumentar as chances de sucesso nas etapas futuras”, explicou Massirer.
Em vários dos experimentos colaborativos, acrescentou a pesquisadora, o enfoque será coletar células da pele de pacientes e reprogramá-las para induzir a pluripotência. “Esse estado não diferenciado permite que células sejam então direcionadas em experimentos de laboratório para gerar uma linhagem específica. Podemos, por exemplo, induzir a diferenciação em cardiomiócitos para entender o funcionamento do coração”, disse.
No artigo, o grupo ressalta que raramente uma única instituição concentra todos os ingredientes necessários para fazer ensaios pré-clínicos de qualidade e relevância.
“A indústria tem geralmente mais experiência na concepção e desenvolvimento de novos produtos químicos ou de anticorpos; a comunidade acadêmica ligada à área clínica pode oferecer profundo conhecimento sobre a doença e cuidados com o paciente; e a comunidade acadêmica de pesquisa normalmente fornece conhecimentos moleculares e tecnológicos para estudos de mecanismos”, afirmam os autores.
A exemplo do trabalho que já vem sendo realizado, o SGC propõe a colaboração entre essas três áreas em um ambiente livre de patentes.
“O compromisso de acesso aberto e compartilhamento de dados é uma característica fundamental deste plano e é necessário para acelerar a ciência, tornar a geração de dados mais transparentes e, portanto, mais reprodutível, reduzir os custos e tempo associados com a execução de colaborações multi-institucional, multinacional e multisetorial e aliviar as preocupações éticas que podem surgir quando interesses comerciais e científicos são justapostos com as amostras dos pacientes”, defendem os autores.
Segundo Bengtson, a ideia é que até a etapa de identificação de moléculas com ação biológica e validação do alvo terapêutico as pesquisas sejam de acesso aberto.
“Desse ponto em diante, qualquer grupo que tenha interesse pode investir e desenvolver um produto com base nesse conhecimento. Achar uma molécula que provoca o efeito desejado em células/tecidos é apenas um dos primeiros passos do processo de drug discovery [desenvolvimento de fármacos]. Geralmente, essa molécula precisa passar por várias alterações até poder ser testada com sucesso em pacientes e aprovada para uso, e isso envolve bastante investimento da indústria farmacêutica”, disse. 
 
FONTE FAPESP noticias

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