A agência regulatória de medicamentos e produtos para a saúde do Reino Unido (Medicines and Healthcares products Regulatory Agency - MHRA), publicou comunicação sobre a ocorrência de casos de câncer de mama masculino, notificados durante a realização de ensaios clínicos e em tratamentos com finasterida (1).
No Reino Unido, assim como no Brasil (2), a finasterida é aprovada para o tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB) e para alopécia androgênica (calvície masculina). A finasterida é um inibidor específico da 5-alfa-redutase tipo II, uma enzima intracelular que metaboliza a testosterona, tranformando-a em um andrógeno mais potente, a di-idrotestosterona (DHT) (3).
Até novembro de 2013, de acordo com o banco de dados internacional sobre segurança de medicamentos, foram descritos 50 casos de câncer de mama masculino, no mundo, com o uso da finasterida na dose de 5mg, e 3 casos com a dose de 1mg. Uma revisão das informações disponíveis sugere que "não pode ser excluído um aumento no risco de câncer de mama, em homens, com o uso da finasterida" (1).
Um possível mecanismo para esta associação é a farmacodinâmica da finasterida. O uso da finasterida leva a uma redução dos níveis de DHT, acompanhada de um aumento nos níveis de testosterona e estradiol. O aumento dos esteróides sexuais tem o potencial de aumentar o risco de câncer de mama (3).
Referências Bibliográficas:
11. World Health Organization. Finasteride: Potencial risk of male breast câncer. WHO Pharmaceutical Newsletter 2011. Nº 06, p. 16.
22. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Bulário on-line.
33. Medsafe. Prescriber Update Vol. 31, nº 1, February 2012.
0 comentários:
Postar um comentário